quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Tenha um Spray de Emergência para os dias de hoje!


Sabe aqueles dias que você está incomodada(o) e não sabe por quê? 

Não ocorreu nada de diferente, não esta com os hormônios alterados, o dia está lindo, o céu perfeito, sua casa está em paz e todos com saúde, mas mesmo assim parece que o mundo está do avesso, então pode ser que você esteja com uma energia que não é compatível com a sua. 

Quais os motivos?

Um mal pensamento, insegurança, falta de ânimo para resolver algo, foi fazer uma visita e se sentiu mal, comprou uma briga que não é sua ou deixou alguém despejar todos os seus problemas em seus ouvidos.

Existe formas de você resolver isso, uma delas é devolver para a pessoa a energia dela, ouça bem: a energia é dela!

Sabe quando você está feliz e encontra alguém que fala de todos os seus problemas e vai embora e daqui a pouco dar dor de cabeça, dor no corpo , mal humor, enjoo? Então você absorveu o problema e esta carregando o que não é seu e por incrível que pareça a pessoa ficou bem. Você não faz o link com o ocorrido. Então no dia seguinte você encontra a mesma pessoa e ela diz: - Depois que falei com você me senti tão bem, desabafei. Claro que ela sentiu-se bem, o seu descuido com o envolvimento no assunto, te trouxe todos os sintomas da pessoa para você. 

Não digo que não pode escutar as pessoas, mas seja imparcial com sua energia, não se envolva com o que é dele(a), não tome partido, dê seu ponto de vista e seja imparcial!

Na nossa sociedade é feio você fazer duas coisas, dizer que tem dinheiro e vive bem, porque a cultura é esconda, não fale e a outra é ser sincero. Mas temos que assumir nossa sinceridade e claro com classe e compaixão. Não use o ego para dizer o que quer, mas use um coração firme.

Olha eu entendo seu problema, mas você terá que resolve-lo o que posso fazer é dar meu ponto de vista. 

Eu atendo muitas pessoas por semana, se eu envolver emocionalmente com o problema, eu acabarei meu dia sem forças e com a certeza que não ajudei a resolve-los e sim a piorá-los. 

Temo que aprender a estar firmes, atentos, e mais que isso, conscientes! 

Agora o momento de estarmos conscientes o tempo todo, ter amor no coração e saber que tudo que é sombra irá aparecer, pois entramos na era da Luz e tudo começará a ser iluminado. Isso já é claro em noticiários, nunca apareceu tanta sujeira e escuridão no mundo como agora, é políticos caindo na malha fina,    é países se libertando de um governo doentio, muitos lideres religiosos sendo desmascarados enfim, e por outro lado muitas nações sendo libertas, países mudando suas leis, pessoas com mais compaixão, novos lideres religiosos com mais consciência.


E com tantas informações o que nos resta é nos proteger em todos os sentidos, para que possamos ficar conectados com a Luz. 


Mas confesso que tem dias que nos descuidamos e nos tornamos vitimas de nós mesmos, então é sempre bom termos um primeiro socorro, e esse vem em forma de Spray neste post.


Receita
600 ml de álcool
350 ml de água


Ervas em pó:
1 colher de café de: casca de laranja e limão, rosa branca, 
1/4 colher de café de: pimenta-do-reino
1/4 colher de chá de sal marinho
1/4  colher de café de sálvia
1/4  colher de café de camomila
1/4  colher de café de arruda
1 cristal transparente


Ferva em uma panela de aço inox, a  água e as ervas menos a sálvia e arruda. O sal, o cristal, arruda e a sálvia,  coloque no álcool e deixe por 24h. Depois de 24horas misture o chá feito no dia anterior. 


Pode dividir em sprays de 100ml ou 200ml, mas lembre para cada spray um cristal. Deixe um no box do banheiro, um na bolsa, um no carro ou onde desejar. 


Sentindo uma energia estranha, use-o imediatamente borrifando em torno de si mesmo. 


Laranja: Traz felicidade e espanta o sentimento de tristeza e mal estar.
Limão: Estimula a energia do corpo e da mente para voltar em seu estado harmônico. 
Rosa Branca: Limpeza de energias obscuras
Sálvia: Limpeza energética de miasmas e limpa o ambiente em torno
Arruda: Limpeza energética mais densa
Camomila: Selar a Calma e alegria
Pimenta-do-reino: Revela seus maiores segredos e poderá entrar em contato com o caminho que está precisando seguir.
Sal:  Neutraliza qualquer energia.
Cristal: desfaz negatividade da pessoa e do ambiente, equilibra emoções e traz centro. 


Seja Feliz!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Conservação de Alimentos na Idade Medieval



A partir de agora, o que vamos ler vai nos parecer algo novo e que podemos encontrar em fazendas ou cidades do interior, mas o inicio da História começa no séc. VIII.

Os métodos de preservação dos alimentos eram basicamente os mesmos utilizados desde a antiguidade, o mais comum e mais simples era expor os alimentos ao calor e ao vento para remover a umidade, o que prolongava a durabilidade, se não o sabor de quase qualquer tipo de comida, de cereais a carnes; secar o alimento funcionava por reduzir drasticamente a atividade dos vários microorganismos dependentes da água, que causam a deterioração. Muitas regiões devido ao frio intenso e a umidade, eles lavavam bem os alimentos e os colocavam em cimo do fogão a base de lenha ou em seus fornos ou expostos aos fortes ventos ou em lugares quentes: porões, sótãos, e às vezes até mesmo nos cômodos das moradias.
Já nos locais de clima mais quente os alimentos eram deixados ao Sol e e expostos a ventos muito fortes.

A defumação, a salga, cristalização ou fermentação também fazia durar mais. A maior parte desses métodos tinha a vantagem de encurtar o tempo de preparação e de introduzir novos sabores.
Algumas vezes as carnes eram guardadas nas próprias banhas dos animais, um método de conservação natural. A maioria das vezes eram carnes prontas.

Havia a tendência de salgar muito a manteiga para que não estragasse, mas somente nas altas sociedades pelo valor agregado do sal. Os vegetais, os ovos e os peixes eram também frequentemente conservados como picles ( conservados em vinagres feitos dos vinhos brancos) em potes emérticamente fechados, contendo salmoura na ausência de vinho utilizava líquidos ácidos (suco de limão, vertjus, um suco extraído de uvas não maduras).

Algumas vezes criavam uma vedação em volta o alimento cozinhando-o em açúcar ou mel, dependendo do alimento eles faziam um envolto com ceras de abelha.
Quando não havia nenhum tipo de conservação para longos períodos, eles deixavam fermentar por bactérias. eram transformadas em bebidas alcoólicas, o leite era fermentado e curado para a fabricação de muitos tipos de queijos ou leitelho, os grãos eram moídos para obter diversos tipos de farinhas.
As frutas eram cozidas com condimentos e guardadas em potes.
Quando a safra de cereais e grãos eram fartas, eles as misturavam com alhos descascados a cada 3 dedos do pote, assim evitava dar bichos. (uma dica eu faço isso até hoje em casa, e realmente não tem carunchos.

Na época em que minhas tataravós moravam no Norte da Itália e Iugoslávia, a neve chagava a ficar durante 4 meses até mais da metade das portas da casa, era impossível sair. E esse método era utilizado para estocagem de alimentos para passar o inverno, já faziam uma estocagem para 6 meses.

Conservação de condimentos.

Os condimentos eram conservados por método de secagem no verão / primavera, eram colocados no sol e depois em uma leva passada pelos fornos. Usavam pilãos para deixá-los em pó. Mas muitas vezes quando queriam ervas mais frescas, faziam processo de secagem da água em forno (tempo muito reduzido) e eram guardados em azeite e alho.

Santo Alho!





O assunto votado da semana tem seu nome botânico  Allium Sativum L. conhecido como Alho e pertence à família Liliaceae , e o bulbo é a parte utilizada.
Planta herbácea cujo bulbo é fortemente aromático. Trazido da Ásia Central pelos mongóis, o alho já era utilizado pelos egípcios, pois eles apareciam nas inscrições encontradas na pirâmide de Gisé. Tutancâmon, um jovem faraó, foi enterrado com seis dentes de alho, acreditava-se que isso o ajudaria na passagem para vida após a morte. Em cemitérios pré-históricos foram descobertos bulbos de alhos moldados em argilas, que tinha como função afastar mal espíritos. Já na era medieval, usava-se para afastar os mosquitos que traziam as pestes.

Os hebreus apreciavam-no de tal maneira que o trouxeram à Palestina. Já os Celtas não gostavam tanto deste tempero: chamavam os latinos de "comedores de alho".  Desde o início da civilização humana, o alho exerce importante papel tanto na culinária quanto na Medicina. É utilizado há mais de 5 mil anos pelos hindus, árabes e egípcios. No Brasil, o alho chegou com os portugueses, na época do descobrimento. Para todas as culturas, o alho era um elemento tão importante quanto o sal, mas a unica diferença era seu valor, o alho muito mais em conta que o sal devido a alta classe não utiliza-lo para não deixar mau hálito.

Pertence à mesma família da cebola e alho-poró. Sua planta pode medir de 50 a 70cm de altura, com folhas estreitas e alongadas. Especiaria desidratada encontrada na forma de flocos ou pó. É a base do tempero da cozinha moderna.

Indicações Fitoterápicas

Regula a gordura do sangue; equilibra a flora intestinal, impedindo o crescimento de bactérias indesejáveis; regula a glicose do sangue. Previne gripes e resfriados e é muito indicado para doenças catarrais como bronquite, asma, pneumonia e tuberculose. Poderoso desinfetante do organismo, combate toxinas intestinais e expulsam vermes (por meio de chás). É um tônico superestimulante para revitalizar pessoas esgotadas e enfraquecidas. Reduz a pressão alta e previne os tumores malignos e a arteriosclerose. Desintoxica os fumantes e reduz os efeitos da poluição do ar. A Medicina Popular também comprova o uso externo do alho contra calos, verrugas, picadas de inseto e até sarna. Por aumentar a produção de sêmen, é estimulante e tem um efeito sobre o sistema reprodutivo. Por essa razão não é recomendado para praticantes de Yoga espiritual. ( deixando claro que é utilizado somente por algumas linhas espirituais do Yoga, não a Hatha Yoga que é a Yoga do corpo, dos ásanas.

Benefícios

Ajuda a diminuir a hipertensão e a reduzir o colesterol. Previne e combate alguns tipos de câncer como o do cólon, do esôfago, da mama, pele e pulmão. As propriedades antiviróticas e bactericidas combatem as infecções superficiais. Alivia congestão nasal. Reduz a coagulação sangüínea diminuindo riscos de infartos e derrames cerebrais, porém; até hoje não ficou provado que o alho previne infarto ou outros distúrbios cardiovasculares.

Inconvenientes

Causa halitose. Pode causar indigestão, especialmente se ingerido cru. O contato direto irrita a pele e as mucosas.

Atenção 
Comer alho em excesso pode causar dor de cabeça, no estômago, nos rins, provocar vômitos e até diarréia. 

Uso 
Esmagado, picado, fatiado, grelhado, assado ou frito. Use em molhos, carnes, aves, peixes, sopas, pão de alho, caturipy, manteiga aromatizada. É comum ser utilizado em combinação com a cebola, embora ir contra a muita das escolas de culinária onde dizem que uma inutiliza o sabor e aroma da outra (Eu pessoalmente concordo na mistura do alho com a cebola). Equivalência: 1/8 colher de chá de alho em pó ou granulado corresponde aproximadamente a 1 dente de alho.

Curiosidade
Segundo a superstição, afasta maus-olhados e energias negativas. Para tornar o alho mais digestivo, retire o pequeno germe verde que existe em seu interior. Para ter um hálito fresco após comer um prato com muito alho, no dia seguinte masque um pouco de salsa fresca ou grãos de café.
7kg de Alho compravam um escravo no antigo Egito
os siberianos pagavam seus impostos em alho até meados do séc. XVIII
No Japão Medieval os japoneses se referiam pejorativamente aos chineses como aquele povo comedor de alho.
Antigamente as pessoas amarravam um saquinho com dente de alho quebrados, no pescoço para proteger contra o sarampo.
Na Itália usava-se um saquinho de alho com sal dentro da roupa para afastar mal olhado e não deixar a lombriga subir para a garganta.
Recentemente foi encontrado um papiro datado de 1500a.C , que constava informação. do uso do alho para 20 doenças.

Lenda dos Vampiros.
Em uma aldeia entre montanhas na época medieval, havia uma doença auto imune que se chamava porfiria que causa a destruição das hemácias (células do sangue), sobrevivia apenas quem fazia reposição do sangue por transfusão.
Esta doença causa hipersensibilidade da pele à luz, anemia, alem de distúrbios mentais. E o alho não podia se consumido por estas pessoas, porque o alimento contém uma enzima que falta no organismo de quem tem esta doença, e seu consumo poderia provocar um choque no corpo e levar a morte. então é a conexão com a Lenda dos Vampiros.

Uma Receitinha

Alho em Compota
Para cozinhar o alho:
1 1/2l de água
3kg de alho descascados
1/2 copo de vinagre de maçã
1/2 colher de sopa de sal.

Para compota:
1 colher de chá de cada:
manjerona,
camomila,
orégano,
manjericão,
alecrim
3 folhas de louro
1/2 copo de vinagre de maçã
azeite até encher o recipiente
sal a gosto
Se quiser pode acrescentar azeitonas pretas a gosto.
(eu coloquei umas 3 folhas de hortelã-brasil, ficou bom!)

Preparo
Coloque a água para ferver , quando alcançar a fervura coloque o alho, com 1/2 copo de vinagre, 1/2 colher de sopa de sal. deixe por 10 minutos.
Segredo: não deixar o alho mole e muito menos ardido, depois escorra o alho e e enxague com água fria. Seque o alho em um pano limpo, ele não pode ficar molhado. se quiser deixe por 3 minutos no forno quente.
Preparo da compota
coloque todas as ervas manjerona, camomila, orégano, manjericão, alecrim e louro, azeitonas sal e o vinagre, depois colocar o algo e completar com azeite

Se as ervas forem frescas, lavar secar com papel toalha e colocar no forno para sacar durante 5 minutos. Não poderá conter ervas frescas pois irá embolorar a compota.



Aqui eu estava começando a preparar a secagem das ervas frescas para fazer a compota.







segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Saídos do Forno | Sabonetes!

Meus amores saídos do forno!
Encomendas para uma amiga..brindes para Final de Ano! 
Fica uma sugestão para quem quer fazer e vender!!!!
As receitas estão sendo postadas no Blog! 


Kit com sabonetes, cremes e um lindo Nessesseir (eu que fiz - aprendi a costurar... feliz!)
 




domingo, 25 de setembro de 2011

A magia e conhecimento da Cozinha Medieval.

Oliveiras  (cultivadas da forma medieval nas montanhas rochosas da Umbria)

A Mágica cozinha medieval é uma combinação de alimentos, de hábitos alimentares e de cultura local.

E porque é chamada de Cozinha Medieval? Devido aos métodos da culinária das várias culturas européias durante a Idade Média, um período datado aproximadamente do século V ao século XV.

Durante este período, as dietas e a culinária mudaram em toda a Europa, e esse foi o marco importante da história. Essas mudanças ajudaram a estabelecer as bases para a moderna cozinha européia, mediterrânea e depois a gastronomia difundida em todo o mundo.

O pão era o alimento básico, como havíamos falado anteriormente, o pão era utilizado para cura, seguido por outros alimentos fabricados a partir de cereais, como o mingau e as massas.

A dependência de trigo permaneceu grande ao longo da época medieval, e com o crescimento do Cristianismo, espalhou-se para o norte. A centralidade do pão em rituais religiosos, como a Eucaristia, significava que ele gozava de um elevado prestígio entre gêneros alimentícios, mas vamos relembrar nosso texto anterior, assim como o sal e a água em rituais cristãos, tiveram seu inicio em templos pagãos então o pão usado em rituais cristãos têm sua analogia feita em rituais de pães pagãos e curandeiras.
Apenas o azeite e o vinho tinham um valor comparável, mas permaneceram muito mais restritos fora das regiões mais quentes onde cresciam uvas e olivas. O papel do pão como símbolo de sustento.

Do século VIII ao século XI, a proporção de vários cereais aumentou de meros de ¼ para ¾ de, e o pão continuou o produto básico da maior parte da Europa por muito tempo e até chegar à era moderna.

A carne era mais prestigiosa e mais cara que os grãos e que os vegetais, e isso podemos vivenciar em tempos modernos até aqui não nos surpreende.

Mas a história da carne e sua proibição durante 1/3 a 2/3 do ano deu-se na Idade Medieval e pasmem, imposta pela Igreja Católica, sob algumas exceções.

Seus calendários tinham pela grande influência nos hábitos alimentares; o consumo de carne foi proibido na maior parte do ano e aplicava a maioria e dos cristãos, e todos os produtos animais, incluindo ovos e derivados do leite, (com exceção do peixe) eram geralmente proibidos durante a Quaresma e durante jejuns. A igreja frequentemente abria exceções quando alternativas não-animais estavam indisponíveis ou simplesmente eram demasiado de caras, como exemplo cito: os peixes vindos da Noruega.

Também eram isentos dos regulamentos do jejum: crianças, os velhos, os peregrinos, os trabalhadores e os mendigos, mas não os pobres, desde que tivessem algum tipo de abrigo e também desde que comprassem, dificultando cumprir a exceção que a Igreja impõe, porque a carne era cara demais. Estes iriam procurar outras alternativas de alimentos.

Mas nos Templos, pagãos eram utilizados todos os tipos de alimentos e isso os tornava pecadores e era aplicada a lei da caça as bruxas no fim do século XI.  Porém algumas linhas de pagãos era totalmente vegetarianas, não utilizavam carne em seus alimentos.

Adicionalmente, era usual para todos os cidadãos jejuar antes da Eucaristia, e esses jejuns eram ocasionalmente por um dia inteiro e exigiam abstinência total.
No “Paganismo Medieval” utilizavam Jejuns para limpeza do corpo e da alma.

Após o Jejum, os mais populares tipos de carne que se utilizava eram de porco e frango, enquanto a carne bovina, que exigia um maior investimento em pastos, era menos comum, fora que as regiões montanhosas não adaptavam bovinos.

Já no norte da Europa o bacalhau e arenque estavam entre os principais pratos e assim a Noruega se tornou o grande produtor de bacalhaus se aperfeiçoando desde a Idade Medieval.

Entre os temperos de ervas, especiarias estavam o vertjus (do francês médio, significa "suco verde"), suco extraído de uvas não maduras, o vinho e o vinagre, às vezes era feito uma mistura de limão com especiarias para tomar junto ao vertjus, mas foi descoberto a utilização de mel ou açúcar (entre aqueles que tinham recursos para isso), deu a muitos pratos um sabor agridoce. Por ser originária da França, faz com que até nos dias de hoje, a culinária francesa misture o sabor doce com o salgado.

Amêndoas, nozes, aliás, oleaginosas em geral, tanto doces quanto amargas, eram utilizadas inteiras como guarnição, ou mais comumente trituradas e usadas como um espessante de sopas, ensopados, molhos, mistura em queijos e pães. Mas o mais popular entre as oleaginosas era uma bebida leitosa feita de amêndoas trituradas, chamada de leite de amêndoa, que era um substituto comum para o leite animal, utilizado para cozinhar durante a Quaresma e os jejuns da Igreja Católica Romana. Lembrando que na quaresma não utilizava nenhum produto animal, hoje em dia a cultura é a não utilização de carne neste período. Fazendo uma pausa para análise. Hoje na atualidade ouvimos falar de Leites vegetais como se fosse muito atual e a solução para o não uso da Lactose.

A dependência de trigo permaneceu grande ao longo da época medieval, e, com o crescimento do Cristianismo, espalhou-se para o norte. A centralidade do pão em rituais religiosos, como a Eucaristia, significava que ele gozava de um elevado prestígio entre gêneros alimentícios. Apenas o azeite e o vinho tinham um valor comparável, mas permaneceram muito mais restritos fora das regiões mais quentes onde cresciam uvas e olivas. O papel do pão como símbolo de sustento.

Para todos as outras partes que não eram cristão, faziam uso de todos os tipos de alimentos, o estocavam e permitia a invenção de armazenamento de alimentos, pois os utilizavam para cura e dietética alimentar fora das estações do ano. O frio muitas vezes não permitia o trabalho no campo.

E também eram contra o que a Igreja ditava como regras de Alimentação, pois muitas vezes o beneficio era somente para Igreja.

A Dieta Medieval

Os estudiosos da época estudavam a digestão humana como um processo semelhante ao cozimento dos alimentos.

O processo do alimento no estômago era visto como uma continuação da preparação iniciada na cozinha. A fim de a comida ser propriamente "cozinhada", e para que os nutrientes fossem devidamente absorvidos, era importante que o estômago fosse preenchido de forma apropriada. Alimentos facilmente digeríveis seriam consumidos primeiramente, seguidos de pratos gradualmente mais fortes.

Antes da refeição, o estômago deveria ser preferencialmente "aberto" com um apéritif - do latim aperire, "abrir", que era preferencialmente de natureza quente e seca: confeitos feitos de açúcar — ou mel —, condimentos revestidos, como gengibre, algaravia e sementes de erva-doce, funcho ou cominho, vinho e bebidas de leite adoçadas e fortificadas. Essa prática é usual até hoje. Nos livros sagrados Hindus, Charaka Samhita datado de 5 mil anos, da medicina tradicional Indiana (Ayurveda), eles mencionam uma dieta com um fundamento bem parecido.

Como o estômago fora aberto, deveria ser "fechado" no fim da refeição com a ajuda de um digestivo, comumente um dragée, que durante a Idade Média consistia em massas de açúcar condimentadas Aqui em casa fazemos até nos dias de hoje a a chamamos de Crustoli, um vinho aromatizado com ervas e especiarias (tem uma receita de vinho aromatizado no post do Alecrim), juntamente com queijo curado.

Mas o ideal era iniciar com frutas por serem facilmente digeríveis, como maçãs. Seguidas então de vegetais como alface, repolho, beldroega, ervas, com muito azeite condimentado, carnes leves como frango ou cabrito com sopas grossas e caldos. Após, seriam consumidas as carnes mais fortes como de porco e bovina, junto com vegetais e castanhas, consideradas de difícil digestão. Era popular (e recomendado pela medicina) finalizar a com o vinho e queijo, como foi explicado anteriormente.

A comida ideal era aquela que mais rigorosamente se igualava aos “humores dos seres", preferencialmente também podendo ser finamente cortada, moída, coada, para formar uma verdadeira mistura de todos os ingredientes. Tinham a crença de que o vinho branco era mais frio que o vermelho e a mesma distinção era aplicada ao vinagre branco e ao vermelho.

O leite era moderadamente quente e muito úmido, mas eles percebiam a mudança de umidade  dos leites de varias espécies animais.

 A gema de ovo era considerada quente e úmida enquanto a clara era fria e úmida. Era esperado dos cozinheiros experientes que se conformassem ao regime da medicina dos humores. Mesmo que isso significasse limitações nas combinações, ainda havia muito espaço para variações artísticas.

Como é de costume até hoje, cada região tem um costume diferente devido a variação geográfica, as diferenças climáticas, a política local e diferentes pensamentos.

Nas Ilhas Britânicas, no norte da França, Países Baixos,  Escandinávia, Alemanhã e na região báltica o clima era geralmente muito severo para o cultivo de uvas e olivas, particularmente no Caminho pelas Alpes Italianos, ainda vemos muito cultivo de uva e olivas da forma artesanal medieval.

No sul europeu o  vinho era uma bebida comum entre pobres e ricos, mas a diferença é que os pobres tinham acesso somente ao vinho de segunda prensagem, enquanto a cerveja era mais comum no norte, mais precisamente na Alemanha, por ser um artigo de importação cara.

Frutas cítricas e romãs eram comuns na região do Mediterrâneo. Figos secos e tâmaras ocorriam no norte, mas eram usados frugalmente na culinária. Uma fruta que até hoje é muito utilizada na Região do mediterrâneo é a Grapefruit, quase não vemos laranja, mas vai uma dica: se pedir suco de laranja vem o de grapefruit e não entranhe, pois parece que colocaram beterraba dentro de tão vermelhas que são.

O azeite era um ingrediente ubíquo na região do Mediterrâneo, mas permanecia uma importação cara no norte, onde o óleo de papoula, de nozes, e de avelã eram as alternativas mais acessíveis. Hoje já é facilmente de serem encontrados pela Europa toda.
O mais difícil é encontrar na cozinha um óleo de soja, de canola. Pausa ... Na região de Assisi, se encontra uma das maiores plantações de girassol da Itália, então óleo de girassol é comum na Úmbria.

Manteiga e banha de porco, eram usados em quantidades consideráveis nas regiões norte e no noroeste, especialmente nos Países Baixos, depois da Peste Negra, pois eles as usavam como forma de proteção do corpo e para que conservasse as carnes e comidas dentro da banha. É desta época que vem a cultura das fazendas brasileiras conservarem suas carnes, na falta da refrigeração. Até meados de 1984 pude observar nas fazendas da região de Uberaba este costume.  Outra coisa que se usava na época para combater pestes era o leite de amêndoas, sendo altamente nutritivos e fortificantes. As pessoas das regiões mais frias as misturavam com especiarias quentes, como a canela, já nas regiões mais quentes era utilizado, alecrim. Algumas vezes podíamos ver a mistura com óleo de oliva e frutas.

Anotem a receita de Leite de Amêndoa Doce (adaptada para nossa cozinha)

1 litro de água filtrada ou mineral
120g de amêndoa sem pele
1 pitadinha de sal

Deixe as sementes de molho por 12 horas, pode deixar na água de um dia para o outro.
Despeje a água fora, lave bem as sementes e adicione a água mineral e bata no liquidificador. Liquidifique bem, só não deixe por muito tempo, pois pode aquecer o leite e estragar.
Coe e armazene na geladeira.

Modo de preparo Medieval

Coloque em um pilão as amêndoas com pouca água na em temperatura ambiente. Assim a casaca vai se desgrudando.
Ponha em uma tigela e acrescente 1 xícara de água fervente.
Deixe descansar 25 minutos e filtre por um tecido de algodão e depois deixe em 1 litro de água fervente por 3 dias e volte ao pilão e processe bem, passe no tecido novamente e pronto. Desta forma pode se acrescentar a erva que quiser na água.



Próximo Post
Método de Conservação dos Alimentos.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Eu, a água, o sal e Itália Medieval


Assisi é uma cidade da Itália na Região da Úmbria. Uma cidade muito conhecida pelo nascimento de Francesco, conhecido como S. Francesco di Assisi.

Posso afirmar que é um lugar rico em histórias e cultura. Os grandes centros da Itália que possuem a cultura de turismo, como Roma, Firenze, Milão, Genova, Napole, Veneza é um pouco mais difícil você ter contato com as Lavouras e os encantos dos cultivos e uso das ervas de forma artesanal assim como as histórias medievais da água, do sal do paganismo.

Nas regiões dos campos da Úmbria e Toscana já observamos com frequência esta cultura.

Quando cheguei em Assis com intuito de estudar e também fazer o caminho de São Francesco, encontrei duas figuras muito importante, a Angela que Escreveu um belíssimo livro chamado Di qui passò Francesco. A Angela aborda outro lado da história que não chegou até nós.  

Aqui eu compartilho um pedacinho do que aprendi, São Francesco di Assisi não era católico e muito menos construiu tudo isso com a Igreja, ele era independente, fazia suas reuniões em meio das montanhas com os seus seguidores e por isso era caçoado e caçado pela igreja, mas depois de sua morte e de Chiara a igreja fez um comércio local. Podem observar isso em filmes como Irmão sol e Irmã Lua.  Nesta época a igreja estava precisando de popularidade, pois perdeu muitos fieis pela perseguição e a forma cruel que mantinha contato igreja e súditos e por isso quando Francesco morreu ela fez de sua imagem um santo católico. É linda a verdadeira historia de vida Dele.  

A Ana é outra pessoa bem especial, uma brasileira que dedica sua vida levando peregrinos no Caminho de São Francisco e posso dizer que ela me ensinou muitos caminhos e acolheu eu e Felipe no seu grupo por muitos dias.

Neste caminho tem uma cidade bem especial que se chama La Verna um dos pontos mais alto da Itália. Bem no topo da montanha tem um mosteiro, um lugar de floresta linda.
O que pude perceber até chegar lá foi a comida como mudou o gosto e a forma de fazer. Aqui se usava muito pouco sal, o pão italiano era sem sal, mas minha mãe e avó tinham alertado que mudaria mesmo nesta região devido à região da Umbria abrigar a cidade de Perúgia, o primeiro lugar onde teve o papado. E ai entra a história do sal.

O papa desta época 1198 era Inocêncio convocou o IV Concílio de Latrão, o mais fundamental concílio da Idade Média, que teve grande importância em diversos campos teológicos. Inocêncio também foi contemporâneo de São Francisco de Assis e é muito conhecido por ter aprovado sua recente ordem religiosa. O Sal era um artigo raro e servia como moeda de troca (escambo) e seu poder estava na Igreja e no papado. Então o termo tem origem no latim salarium argentum, "pagamento em sal" – forma primária de pagamento oferecida aos soldados do Império romano em assim foi feito o ato para a Itália toda.

Então como o papado era em Perúgia, os papas retinham muito o sal por ser muito valioso, e preste bem a atenção, não só por ser moeda de troca mas utilizavam em rituais com ervas e assim as cidades da Úmbria acostumaram com a comida sem sal, então é essa a história do pão e comida com pouco sal até hoje.

Ainda ali, tratam o sal de forma respeitosa e o seu valor está muito associado ao seu poder mágico, por isso é costume das pessoas carregarem consigo pequenos saquinhos de sal grosso e ervas amarrados em seu corpo para absorver emanações negativas ou deixar em um saquinho de pano perto da porta de entrada às vezes até pendurados nas maçanetas das portas. Ao mesmo tempo em dois lugares distantes dali tinham a mesma prática, na África este saquinho era chamado de Patuá e no Japão esta prática é conhecida como Kusudama.

Essa é a mágica da vida. Lugares tão distantes e com crenças iguais. Somos um só na inteligência divina.

E para quem não sabe, as lágrimas ( que contem um tipo especifico de sal) também entram na categoria de fluidos capazes de limpar sentimentos e energias emanadas de alguém ou algum lugar.  Por isso que ouvimos a grande quantidade de lendas e contos medievais a respeito de “lágrimas” e seus processos curativos e muito das mulheres que faziam curas pelas ervas. Quem não assistiu em um filme esta cena?

A própria palavra “saudade” vem de “saldare” em referência às lágrimas vertidas pelo sentimento de falta de determinada pessoa de determinada época.

E um pouco mais para frente encontramos a Água Lustral, a água sagrada dos antigos pagãos, benzedeiras, erveiras que usavam para purificar suas cidades, seus campos, seus templos e os homens. 

Como poucos devem saber, os pagãos (aqueles que não tinham como princípio filosófico/religioso o Catolicismo) tinham fontes purificadoras à porta de cada templo ou na porta de cada casa onde se faziam as curas, cheias de água lustral e chamavam-se FAVISSES e AQUIMINARIA, onde as crianças eram purificadas, assim que nasciam ou que passavam pelas portas.  

Então, para obter a atenção dos deuses celestes, havia o recurso das abluções (lavagens), e para conjurar e afastar os deuses inferiores, usava-se o aspersório (bastão que usava para respingar as águas nas pessoas). 

Acreditava-se, também, que pela "porta de vida" por onde entra diariamente a luz ( durante os ritos de nascimento usados pelos pagãos) denominado o quadrado oblongo da terra, chamado "o tabernáculo do Sol",  que o recém-nascido era levado por uma via solene, às fontes para ser lavado com água lustral que se mantinha ao lado esquerdo do templo e que até hoje as pias batismais são colocadas.

Podemos observar isso quando visitamos as antigas igrejinhas medievais, onde se acha as fontes de água lustral e desta forma sabemos que esta igrejinha eram templos pagãos.
A Igreja incorporou em seus rituais a chamada “água Benta”, muito utilizada para limpar instrumentos mágicos, locais e consagrações.

Mas neste caminho pude perceber certas coisas e que é incontestável o sincretismo feito pela igreja Católica, embora muitos ainda se esforcem para abraçar tais sincretismos. A ligação entre os fatos é que os próprios católicos, na Bíblia Ave Maria, colocaram incorretamente a palavra "lustral" no Velho Testamento.

Apesar da caça as bruxas, aos pagãos, as curandeiros e todos que obtinham tais conhecimentos, há ainda quem mantém estes conhecimentos que foram passados para gerações posteriores e pude viver e aprender isso.
Na França, sob o coro da igreja de Nôtre-Dame de Paris, foram encontrados os altares da Lutécia pagã e reencontrado o poço onde era conservada a água lustral e onde existe até hoje.

Quase todas as grandes e antigas igrejas do continente eram templos pagãos ou foram construídas no mesmo lugar, em conseqüência das ordens dadas pelos Bispos e Papas romanos.

Gregório, o Grande, assim dá suas ordens ao frade Agostinho, seu missionário em Inglaterra: "Destrua os ídolos, jamais os templos. Borrife-os de água benta, coloque-lhes relíquias, e que os povos as adorem nos lugares onde têm o hábito de o fazer".

Nas antiguidades gaulesas de Fauchet, lemos que os Bispos de França adotaram e usaram as cerimônias pagãs a fim de converter os pagãos ao cristianismo.

Existe uma obra do Cardeal Baronius do ano XXXVI, ele faz uma confissão. "Foi permitido à Santa Igreja apropriar-se dos ritos e cerimônias utilizadas pelos pagãos no seu culto idólatra, pois a igreja os regeneraria pela sua consagração. (algo me lembra o filme Em Nome da Rosa)

E desta forma pude entender que a Igreja fez os mesmos ritos em Assis. Toda e qualquer igreja que entramos, observamos que foram construídas em cima de histórias, dos altares, da casa, e principalmente igreja que São Francesco construiu. Pouco desta história vemos em céu aberto (local de preferência de São Francesco.

Assim como a Água e o Sal teve seu papel fundamental nas histórias acima, não deixo de mencionar as ervas e seus poderes Pagãos e Cristãos, que da mesma forma foi trabalhada.
Mas este assunto vem na próxima postagem. Vamos aprender sobre a Cozinha Medieval e uso dos alimentos, ervas e cura.

Site para fazer o caminho de Assisi. Eu recomendo.

Quero terminar oferecendo a oração que me guiava todos os dias em meus estudos.

Preghiera Semplice
O Signore, fa di me uno strumento della tua pace
Dove è odio, fa che io porti l'amore
Dove è offesa, che io porti il perdono,
Dove è discordia, che io porti l'unione,
Dove è dubbio, che io porti la fede,
Dove è errore, che io porti la verità,
Dove è disperazione, che io porti la speranza,
Dove è tristezza, che io porti la gioia,
Dove sono le tenebre, che io porti la luce.
Maestro, fa che io non cerchi tanto
Di essere consolato, quanto di consolare,
Di essere compreso, quanto di comprendere,
Di essere amato, quanto di amare.
Perchè è
Dando, che si riceve,
Perdonando, che si è perdonati,
Morendo, che si resuscita a vita eterna
S. Francesco

Fotos de um pouco da história que percorri para aprender o que divido com com vocês aqui!
   
Antigo "templo| encontrado em baixo da Igreja construida em nome de Santa Chiara

Aqui vemos antigo templo nas escavações

Um dos únicos locais que ainda estão em céu aberto que S Francesco pregava seus ideais. Aqui a Igreja não construiu  em cima da História.


Construção da Igreja em cima da pedra onde S. Francesco recebeu as Chagas
Mosteiro de La Verna. Aqui era a montanha que  S. Francesco conversava com os Animais. Tem uma hospedaria dos frades MARAVILHOSA!!
( aqui você pode encontrar obras de Gioto - dica para quem gosta de arte) olha as fotos abaixo!



Subida para La Verna Encantadora!