quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ghi (ghee) um promotor da longevidade e do rejuvenescimento

 O Ayurveda considera esse o Ghi (ghee)  um promotor da longevidade e do rejuvenescimento

Incorpore o ghi na alimentação e ganhe sabor e longevidade
 Por Patrícia Ribeiro

Desde a infância aprendemos que não é bom consumir gorduras, óleos e manteigas em excesso, mas o que a maioria desconhece é que existem gorduras que fazem muito bem para o organismo. A medicina ayurvédica — sistema milenar da Índia para prevenir e tratar doenças — costuma usar largamente o ghi, a manteiga clarificada para problemas de saúde, na fitoterapia, na cosmética e na culinária há milhares de anos. O Ayurveda considera esse alimento um promotor da longevidade e do rejuvenescimento.

Feito a partir da purificação da manteiga de leite, que é fervido durante horas para retirar as impurezas, o ghi também é conhecido como ouro líquido por causa da sua aparência dourada e dos seus benefícios. “Durante esse processo, a lactose é coagulada e outros sólidos do leite são retirados, podendo ser consumido por pessoas alérgicas”, explica a terapeuta ayurvédica Cristiane Ayres, da Ayurelements, de São Paulo.

As escrituras sagradas antigas da Índia, os shastras, citam várias funções terapêuticas do ghi: rejuvenesce as células, melhora a memória, fortalece os tecidos, incrementa a fertilidade, equilibra a acidez gástrica, estimula o metabolismo. Os alimentos são mais bem digeridos, evitando formação de ama (toxinas produzidas a partir de restos alimentares) e fortalece o fígado. Além de ser um excelente desintoxicante e proporcionar o equilíbrio dos três doshas (biótipos) kapha, pitta e vata.

Gordura boaA manteiga possui até cinco vezes mais gordura saturada que a margarina, porque é produzida a partir da gordura do leite e as margarinas são produzidas com óleos vegetais. A nutricionista do Hospital do Coração de São Paulo Rosana Perim explica que as gorduras saturadas são encontradas em maior quantidade nos alimentos de origem animal e aumentam o colesterol ruim (LDL) no sangue, podendo causar doenças cardiovasculares.
De acordo com a terapeuta ayurvédica Cristiane Ayres, embora seja um subproduto da manteiga rica em ácidos graxos, pesquisas indicam que o ghi não eleva os níveis de colesterol. “Os ácidos graxos de cadeia curta formam a grande maioria das gorduras saturadas do ghi, que são facilmente digeríveis”, diz. Pesquisas indicam que o ghi contém 27% de ácidos graxos monoinsaturados e apenas de 4% a 5% de ácidos graxos poliinsaturados. “Como o corpo precisa de ambos (saturados e insaturados), essa combinação é muito próxima do ideal. A taxa de absorção do ghi é de 96%, a mais alta de todos os óleos e gorduras”, complementa.
As mono e poliinsaturadas são chamadas de gorduras boas porque são fundamentais para o bom funcionamento do organismo. De acordo com a nutricionista, as poliinsaturadas ômega 3 e 6 encontradas nos óleos vegetais devem ser ingeridas diariamente, pois o organismo não é capaz de produzi-las. Estudos indicam que, mais importante que a quantidade de gordura consumida, é a qualidade dela, pois as gorduras boas, quando substituem as gorduras saturadas, reduzem o colesterol no sangue.

Equilíbrio dos doshas
Segundo a tradição ayurvédica, o ghi influencia positivamente não só o corpo, mas também a mente e o espírito. Há milhares de anos, médicos ayurvédicos já enalteciam o valor do ghi para a saúde. Charaka, autor do principal tratado de clínica geral do Ayurveda, Charaka Samhita, elogiava sua “habilidade de aumentar a memória e a essência corporal vital”, chamada de ojas em sânscrito.

De acordo com a médica ayurvédica Maria Stela de Simone, do Rio de Janeiro, pessoas que já têm colesterol alto, diabetes ou sofrem de obesidade devem ficar atentas e usar o mínimo, pois mesmo sendo uma gordura saudável, deve ser consumido com moderação. “A quantidade de ghi é individualizada e ainda deverá levar em consideração a constituição da pessoa (vata–pitta–kapha) e sua condição de saúde no momento. De um modo geral, vata e pitta podem ingerir mais ghi do que pessoas kapha ou com desequilíbrio em kapha. Em doses pequenas, beneficia os três doshas”, afirma.

Na culinária, o ghi pode ser usado no lugar da manteiga, pois é muito saboroso e nutritivo. Pode ser utilizado também externamente, na forma de óleo para massagem, puro ou em ungüentos à base de plantas medicinais indicados, por exemplo, para queimaduras.

Jeera Rice (Arroz com semente de cominho)

Ingredientes
2 xícaras de arroz integral ou basmati (arroz branco indiano) cozido com sal a gosto
2 colheres de sopa rasas de jeera (sementes de cominho)
1 colher de sopa de ghi sólido
1 colher de sopa de coentro fresco picado


Modo de preparo
Em uma pequena frigideira, aqueça o ghi e adicione o jeera. Doure as sementes de cominho, cubra o arroz já cozido com o refogado. Misture bem e guarneça com o coentro picado. Sirva.


Sopa de cebola simples

Ingredientes
2 colheres de sopa de ghi
3 cebolas grandes cortadas em fatias finas
2 dentes de alho cortados
1 colher de sopa de farinha de cevada ou fécula de mandioca
7 xícaras de água
1/2 molho de salsa fresca cortada

1 colher de missô
Fatias de limão para guarnição


Modo de preparo
Ponha o ghi numa caçarola grande e acrescente as cebolas e o alho. Refogue as cebolas no ghi em fogo baixo até ficarem macias e adocicadas. Mexa para evitar que grudem na panela. Junte a farinha e misture com ghi (é mais fácil se você abrir um espaço no centro das cebolas, assim a farinha pode ser misturada ao ghi facilmente). Gradualmente acrescente água, sempre mexendo na mistura de farinha e ghi em fogo baixo. Aumente o fogo e deixe a sopa ferver. Ponha o missô e mais ou menos 3 xícaras da mistura de sopa em um liquidificador. Bata bem. Acrescente metade da salsa cortada. Adicione essa mistura ao resto da sopa, coloque o restante da salsa e aqueça durante 2 minutos
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Acesse a matéria http://yogajournal.terra.com.br/show_yoga.php?id=294

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